segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eucaristia e namoro: Uma comparação oportuna

[Na foto: Eu, Barbara, e meu noivo recebendo Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento]

Uma vez, em sua homília, um sacerdote disse que para receber a Comunhão é necessário viver em comunhão. O pecado mortal rompe nossa amizade com Deus e é precisamente por isso que não podemos nos aproximar de seu altar e recebê-lo nessas condições. Precisamos viver de tal modo que estejamos  prontos a qualquer momento para receber Jesus na Santíssima Eucaristia.
Quem não está preparado para receber o Senhor sob o véu do sacramento, também não está pronto para estar com Ele face a face no Reino. É por isso que as almas, dos que morrem em estado de pecado mortal, descem, imediatamente depois da morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, "o fogo eterno"(CIC 1035).
Ocorre também algo parecido com nós homens. Podemos traçar aqui um paralelo entre esta realidade da alma impossibilitada de receber o Senhor velado no Ssmo. Sacramento, e sua consequente impossibilidade de vê-lo já no Reino sem o véu da Hóstia Santa, e a realidade do casal de namorados que pretende conhecer-se antes do Sacramento do Matrimônio.
Se o jovem não se dispõe a receber a namorada como sua noiva entrando na Casa de Deus, coberta com o véu, rumo ao altar, para pronunciarem juntos os votos de fidelidade mútua, ele também não tem o direito de conhecê-la sem o véu, na noite de núpcias. Por conhecer, queremos dizer aqui o conhecimento profundo e sagrado que cabe unicamente aos esposos. Porque vocês todas sabem que cada garotinha que nasce, nasce com um selo, por assim dizer, protegendo o mistério da sua feminilidade, que é o ventre. Há um selo, e se você pensar bem, um selo sempre indica algo que é sagrado. 
O selo, que não existe no corpo masculino, é profundamente simbólico e declara que o que está velado pertence a Deus de um modo especial. Esta é uma região que é tão linda e tão profunda que não pode ser tocada, exceto com a permissão de Deus, num casamento Católico.
Quando uma garota ou uma jovem mulher é permitida dar as chaves de seu misterioso domínio, este jardim fechado, ao seu futuro marido, ela diz: “Até este momento eu tenho mantido este jardim virginal, agora Deus me deu as chaves e está me permitindo dá-las a você e eu sei que você penetrará dentro dele com trêmula reverência e gratidão”. No momento em que uma mulher é abraçada por seu marido e algumas poucas horas mais tarde ela concebe, neste exato momento algo absolutamente maravilhoso acontece, que mais uma vez elucida a grandeza da feminilidade. Nem marido nem esposa podem criar uma alma humana, apenas Deus pode. (
Dra Alice Von Hildebrand, filósofa e teóloga católica).*

Jesu, quem velátum nunc aspício,
Oro fiat illud quod tam sítio
Ut te reveláta cérnens fácie,
Vísu sim beátus túae glóriae. Amem.

Ó Jesus, que velado agora vejo 
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amem.

(Hino Adoro te Devote, de São Tomás de Aquino).


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* Leia este da Dra. Alice texto completo em http://www.mulhercatolica.org/2009/08/missao-religiosa-da-mulher.html com a tradução livre de Melissa Bergonso.

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