Retirado do Manual das Pias Uniões de Filhas de Maria e adaptado pelo blog Donzela Cristã
Nono dia
O juízo universal
I. No dia do juízo hei de aparecer perante Jesus Cristo, meu Juiz! Oh! Que olhar terrível o dele se eu morrer em pecado mortal! Ele era meu Pai, e não o amei; era meu Esposo, e abandonei-o; era meu Deus, e desprezei-o. Num abrir e fechar de olhos me fará compreender quão grande foi a minha ingratidão e soberba.
Então, quererei pedir socorro a Maria, mas com que coragem o poderei fazer; tendo crucificado inúmeras vezes, com os meus pecados, a seu divino Filho? Quererei recomendar-me ao meu anjo da guarda; mas como me atreverei a fazê-lo, tendo-lhe sempre desobedecido? Meu senhor foi sempre o demônio, e este fatalmente será naquele dia o meu acusador; a ele servi na vida, ele me acompanhará na eternidade!
Pastorinhos de Fátima após a visão do Inferno.
II. No dia do juízo universal, se eu morrer em pecado mortal, ler-se-ão todos os meus pecados na presença do mundo inteiro. Que terrível será então a minha vergonha em presença daquelas companheiras entre as quais eu parecia um anjo; em presença dos meus pais, que me reputavam por inocente; em presença do meu confessor, a quem os calei; em presença do Diretor da Congregação, que sempre me teve por uma Filha de Maria digna deste nome!
Ler-se-ão todos: até aqueles pensamentos mais escondidos; aqueles desejos que não foram postos em prática; aquelas complacências tão vergonhosas; aqueles pecados que cometi muitas vezes, quer longe das vistas dos outros, quer dando escândalo às minhas companheiras, ou a quem me via nas reuniões da Congregação, ou a qualquer outra pessoa... tudo se lerá! Quão terrível será esta confusão!
III. No dia do juízo hei de ouvir estas palavras: ou bendita ou maldita! e de quem?...de Jesus! - Bendita, se morri em graça de Deus; maldita, se morri em pecado.
Ou bendita de Jesus com os escolhidos, ou maldita de Jesus com os condenados! E depois, ou com Jesus no paraíso, ou com os demônios no inferno! - E esta sentença, não se poderá adiar? Não; nem por um momento!
Não se poderá revogar? Não; pois é para toda a eternidade! Que horror, se eu morrer em pecado mortal, ao ouvir Jesus intimar-me: aparta-te, maldita, de mim, vai para o fogo eterno!
Mas, se eu tiver a felicidade de morrer na graça de Deus, que alegria não sentirei ao ouvir Jesus dizer-me: vem, bendita de meu Pai, toma posse do meu reino!
E qual será a minha sentença? Tal qual for a minha morte; e esta, tal qual for a minha vida! Ai de mim! Tenho de apresentar-me fatalmente diante de um Juiz divino, e em momento incerto e inesperado, e vivo como não haja quem julgue dos meus pensamentos, desejos, palavras e ações!
Colóquio
Virgo potens, ora pro nobis
A Filha de Maria: Ó minha terna Mãe, o que quereis que eu faça hoje para vos agradar?
Maria: Minha filha, aconselho-te a paciência; se quiseres que teus defeitos sejam suportador, suporta os do teu próximo. Lembra-te de que a paciência é o exercício mais frequente da caridade.
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