segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

E se eu já não sou virgem?


E se eu já não sou virgem?

Por Jason Evert

Se a perda da virgindade tem a ver com o passado, a castidade tem a ver com o presente e o futuro. Não importa o que você fez na semana passada ou ano passado, você é digna que um homem espere por você. Talvez você tenha perdido sua virgindade, ou talvez a tiraram de você. De qualquer modo, você ainda tem um dom de si mesma para dar a alguém. A partir de hoje, leve uma vida pura e comece a preparar o seu dom de si mesma. Além do mais, quem não deseja a oportunidade de recomeçar?

Nunca é demasiado tarde para recuperar sua pureza: vale o esforço, e mesmo que o processo todo seja um desafio, sempre é possível. Às vezes é fácil terminar uma relação ruim, porém é mais difícil não continuar caindo nelas. Infelizmente, muitos que já se entregaram totalmente agora se perguntam se ainda lhes resta algo a entregar. E assim, em vez de recomeçar, enterram e cobrem um erro em cima de outro, para não verem as feridas originais, para que não doam tanto, ou não pareçam tão ruins. Passam de uma relação física a outra, pensando que o prazer, a emoção e a aventura preencherão a necessidade de amor. Mas isso só faz com que o processo de curar o coração seja mais difícil.

“Depois de perder a minha virgindade”, confessa Cristal, “não me respeitei mais a mim mesma como antes, e uma relação vazia seguiu-se a outra. Desde que era uma criança pequena desejava o amor perfeito, mas depois de tudo que fiz pensei que era a última pessoa na terra que o merecia. Com o tempo, cheguei a me dar conta que encontrar um homem cheio de qualidades não era questão de sorte. Recomecei, elevei meus padrões morais, e fiz um compromisso de castidade. Agora, três anos depois – feliz e comprometida – nunca me questionei um dia sequer de haver tomado e mantido essa decisão”.

Recordo-me de haver conhecido uma garota que havia se deitado com quinze rapazes em três meses. Suas amigas a chamavam de “vadia”. Quando lhe perguntei porque havia feito isso, ela disse: “É que é divertido ir a festas e encontrar uma pessoa, e curtir”. Eu perguntei se ela realmente pensava que era divertido. Com lágrimas nos olhos, me respondeu: “Não, na verdade não é divertido, meus pais estão se divorciando, e há tanta dor e ódio em minha família... e só por um momento, quando eles me abraçam, eu sinto como se fosse amor. Eu sei que não é, mas pelo menos sinto como se alguém me amasse”. Ela não é uma “vadia”. É uma garota com um coração idêntico ao teu e ao meu, que anseia por amor, e precisa de ajuda.

Como se pode sair desse tipo de vida? Pense: que conselho você daria a seu futuro marido ou esposa se neste momento ele ou ela está dormindo com alguém que você nunca vai conhecer? Siga esses conselhos e você poderá sair desse tipo de vida.

Em seu coração, perdoe aqueles que te feriram, e perdoe a si mesma. Vivendo a castidade com você mesma e em relações futuras verá que viver com pureza vai curar teu passado. Enquanto isso, não acredita que sempre tem que estar namorando. Independência e maturidade são qualidades atrativas. Seja valente, pois vale a pena que te esperem. Cuide de sua futura família, respeite-a desde hoje, e faça-se respeitar!

Como forma de lembrar seu compromisso e sua nova forma de vida, você pode comprar uma vela branca. Se sua vocação é casar um dia, você pode deixar que seu esposo a acenda na noite de seu casamento.
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Trecho do livro "Puro Amor", de Jason Evert. Ed. Catholic Answers, San Diego Califórnia, 2007.

Retirado do Blog Vida e Castidade

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